Acho que qualquer subsídio deve ser atribuído com cautela e só a quem dele precise efectivamente.
Infelizmente, somos um povo onde a "chico-espertice" prevalece sobre a honestidade. E por culpa dos "chicos-espertos" que se gabam de fintar o sistema para conseguirem dinheiro fácil, há muita gente necessitada que se vê privada de receber ajudas.
Pior do que esses "chicos-espertos" são os que legitimam este "roubo" por parte do povo, atirando areia para os olhos de todos com casos igualmente escandalosos como o do BPN. Ora, no meu ponto de vista, tão prevaricador é aquele de fato e gravata que esteve envolvido num roubo de milhões, como aquele de "mau aspecto" que ganha rios de dinheiro não declarado e faz-se de coitado para receber subsídios e isenções várias. O princípio do acto é o mesmo: ganância.
E enquanto houver esta dualidade de critérios, este país não avançará. Porque andará meio país a trabalhar para sustentar outra metade criminosa (seja essa metade composta por banqueiros sem escrúpulos como de "pobrezinhos" que não descontam um das Caldas, mas que acumulam o que ganham oficiosamente com o subsídio pago por quem trabalha e desconta).
É certo que há uma elevada taxa de desemprego. E também é certo que há quem seja despedido e, depois não tenha como sustentar-se, uma vez que não tem direito ao subsídio de desemprego. Aí, concordo que lhe seja atribuído subsídio, desde que mostre, efectivamente, que anda à procura de trabalho.
Já não concordo que seja atribuído subsídio a quem não só não trabalha, como ainda nem procura trabalho embora não tenha nada impeditivo.
É injusto para com quem trabalha e desconta - e que, a maioria das vezes, nem apoios tem para conseguir sobreviver -, que se subsidie a preguiça de militância. Sobretudo quando há quem esteja à procura de empregados (que ainda há situações dessas, basta procurar) e não encontra ninguém!
Sem comentários:
Enviar um comentário