Muitas vezes dou por mim a pensar que o que semeamos agora, mais tarde colhemos. Bom ou mau, vamos colhê-lo de certeza.
E que a velhice é o resultado de toda uma vida: quando amamos, tarde ou cedo, seremos recompensados por esse amor.
Se nos fechamos, menosprezando os que estão à nossa volta...bem, lá diz o ditado: "Não se apanham moscas com fel". Não vamos estar à espera que nos reconheçam o que não demos.
Um dia, falei sobre isto com o meu senhor: enquanto estiver senhora de mim, e for autónoma, tudo bem, faço a minha vida. Mas, se porventura, a doença, a velhice me levarem a autonomia, exijo que os meus filhos me coloquem num lar. E por que razão? Porque estou a criá-los para viverem as suas vidas, não para me agradecerem sob a forma de se anularem para cuidarem de mim. E cuidar de alguém dependente - sobretudo no nosso país - é algo extremamente desgastante tanto física como psicologicamente. E eu não quero isso para os meus.
Em primeiro lugar, estarão sempre eles.
Não serei capaz de colocar os meus pais num lar. Sacrificaram-se toda uma vida para me criarem, não me passa pela cabeça não lhes "pagar" por isso. Como não faço a mínima ideia, claro... Beijoca!
ResponderEliminarO meu pai também não está num lar, vive sózinho.
ResponderEliminarMas estou a referir-me ao meu caso. Quando, um dia, for eu.
Se estiver totalmente dependente, não quero que os meus filhos suportem esse fardo. É algo extremamente difícil de aguentar e as famílias que eles eventualmente criarem, irão ressentir-se disso.
No meu caso, infelizmente, estou à vontade. ;)
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