Não é tanto pelas palavras, mas mais pelo seu exemplo de vida, que ele me tem ensinado a ser positiva e a ter sempre esperança.
A vida dele é, antes de mais nada, um apelo vivo de que tudo é possível.
Cegou com 24 anos, depois de ter combatido no Ultramar. Casou teve os seus filhos já cego. Ensinou-nos a conduzi-lo e, com quatro anos, já nós (eu e o meu irmão) iamos a Lisboa sózinhos com ele, onde quer que fosse.
Perdeu o meu irmão mais velho, "viu" o meu irmão mais novo ser destruído por uma doença incurável, e manteve-se ao lado da minha mãe durante a sua agonia com o cancro. Meses depois de ter enviuvado, descobre-se também com um cancro, mas "apanha-o" a tempo e trata-se.
Vive sozinho, visita todos os dias o meu irmão no lar (ou, quando calha, no Hospital - para onde tem de ir ocasionalmente para ser reavaliado).
Mantém uma energia invejável, todos os dias faz exercício físico e, no que lhe é possível, cuida da casa e da roupa - ele passa a ferro como ninguém, acreditem!
Se ele está deprimido? Nunca o vi baixar os braços para nada!
Ajudo-o no que posso, mas reconheço que deveria fazer muito, mas muito mais por ele. Porque aquilo que ele me dá nunca poderei compensar.
Mas os pais são assim mesmo: o amor deles é incondicional. E eu sinto-me uma sortuda pelo excelente pai que Deus me deu.
Tens um pai herói.
ResponderEliminarO meu também era um pai muito presente. Faleceu há quase 10 meses, infelizmente de um dia para o outro, sem se saber do quê :(
Mima-o muito, porque ele merece.
Li num livro: "Nunca espere o agradecimento de um filho, até que ele próprio seja pai" e é bem verdade. Só depois lhes damos valor.
Bem verdade.
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