Porque trabalho no sector privado, que não sobrevive à conta de dinheiros públicos, mas sim do que produz. Se eu não trabalhar, não me pagam o dia - o que faz enorme diferença no final do mês -, porque a falta é injustificada.
Ora, Portugal está a braços com uma enorme crise. E porquê? Porque temos vivido à conta de créditos, mas sem produzir para os poder pagar. Logo, o défice da economia é o que é. E só se resolve com trabalho, com produtividade. Estamos num acordar duro para a realidade - que é feia, sim, mas sobre a qual todos temos responsabilidade.
Isto parece-me lógico. Se as medidas de austeridade nos tiram capacidade de consumo e investimento, a greve - por muito justificada que seja - ainda nos retira mais dinheiro do pouco que temos. É um dia sem produzir. É um dia perdido. É dinheiro - por pouco que fosse - que deixa de entrar.
E se a greve é um direito, trabalhar também o é. E se vivemos em democracia, devemos respeitar as opções de cada um.
Esta é a minha.
Sem comentários:
Enviar um comentário