domingo, 18 de março de 2012

Da crueldade das canções infantis

O Manel tinha uma bola,
que rolava pelo chão
na calçada ela rebola,
deu-lhe uma dentada um cão

[refrão]
Olha a bola Manel,
olha a bola Manel
foi-se embora, fugiu
olha a bola Manel,
olha a bola Manel
nunca mais ninguem a viu

O Manel tinha uma bola,
mas por falta de atenção
lá deixou ele ir a bola
entre os dentes de um cão

O Manel tinha uma bola
mas agora não tem não
e a gente a ver se o consola
vai cantar esta canção.


José Barata Moura



É garantido: se alguém me tentasse consolar com uma canção a falar justamente da minha querida bola que eu tinha perdido e a frisar que EU é que tinha tido a culpa e que agora seria impossível reavê-la, juro que lhe pregava um par de lostras bem aviadas no trombil!!!

3 comentários:

  1. Ópá não ligues. O Barata Moura até batia no pai :)

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  2. lol...
    É verdade.
    As músicas infantis são cruéis.
    Já reparaste no:
    "Atirei o pau gato, mas ele não morreu"
    ou no
    "Assentada à chaminé, veio uma pulga e mordeu o pé, ou ela chora, ou ela grita, ou vai-se embora, pulga maldita"
    ou ainda a violência da Linda falua:
    "vou pedir ao sr. barqueiro que me deixe passar, tenho filhos pequeninos não os posso sustentar, passará, não passará, algum ficará, se não foi a mãe à frente é o filho lá de trás"

    E se pensares bem, em todas as histórias infantis há violência.
    Muito boas somos nós, a crescer com estas músicas :P

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