Ontem, estive cerca de três horas no hospital para ser atendida. Na sala de espera, estavam grávidas que estavam desde as 12:00 (eram 21:30 na altura em que lá estava eu) à espera de um diagnóstico.
Quando entrei para ser atendida na Triagem, por engano entrei no corredor dos gabinetes de atendimento: todos vazios. "Tinham ido para uma cesariana" diziam.
Mas que raio de sistema de saúde é este que permite situações destas? "Foram para cesariana", de acordo. Então tinham médicos para atender os pacientes, enquanto os outros safavam as situações urgentes. Entretanto, duas médicas do serviço passeavam-se nos corredores, e a sala de espera cheia até mais não!
Hoje, soube que as taxas moderadoras mais que duplicaram o valor. E eu pergunto: para termos um atendimento que é uma vergonha, roçando o desumano?
Dizem que é para inibir os portugueses de estarem constantemente a recorrer às urgências, mas, senhores, uma pessoa vai a um centro de saúde (daqueles que ainda têm atendimento permanente) e é recambiada para o Hospital! Neste caso, em particular, estamos a falar de urgências de ginecologia/obstetrícia para as quais os meios de diagnóstico nos centros de saúde são inexistentes (ecógrafos, por exemplo). Outra vez mais do mesmo: dos centros de saúde, é-se recambiado para o Hospital.
Não há organização nos serviços, e depois paga-se duas vezes (pelos descontos que fazemos e por estas taxas).
Daqui a nada, estamos como nos EUA, onde quem é rico pode pagar tratamentos, e quem não é "morre na praia". Aliás, isto está tudo feito para que assim seja: dar a saúde como um filão de negócio para as seguradoras.
Céus!
Fiz este comentário noutro blog que se adequa a este teu post:
ResponderEliminar"Isto vai acabar tudo privatizado (como já estão nos EUA).
Quem tem dinheiro safa-se, quem não tem, paciência...
Sad but true!"
Enfim... Deus nos ajude!
É mesmo "Deus nos ajude!"
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