Dizer que esta senhora também é vítima da crise por ter tido uma redução de 20% do salário é, no mínimo, um insulto aos verdadeiros príncipes do nada, portugueses que ganham salários absurdamente baixos face ao custo de vida, muitos com uma família a sustentar!
Mas a culpa não é dela.
ResponderEliminarSe me oferecessem o mesmo ordenado (ou mesmo metade disso) que ela ganha, eu não iria dizer: -Ah, deixem lá, isso é muito, paguem-me menos!
É isso e os jogadores de futebol, que muitas vezes nem estudos têm, mas que tiveram a sorte de saber jogar num desporto remunerado bem acima da média (se for num clube grande, claro).
Nunca me esqueço do exemplo dos médicos ou bombeiros que salvam vidas e ganham muito, mas muito menos!
Boa tarde, sou a dona do segredo que comentou, aquele em que lutava para ser forte mesmo fingindo que esta tudo bem. Sei que parece confuso mas desde que aquilo me aconteceu fui aprendendo a lutar sozinha mesmo que isso significasse fingir estar bem. Desabafo com as pessoas certas mas não perco o meu tempo a dizer que sofro pois nunca aprendi a lidar com os olhares de pena. Tenho demorado a apagar as más memórias mas aos poucos ou erguendo quem um dia fui. Um dia quando me "curar" irei sentir que é uma conquista que nunca irei perder e aí nunca mais lembrarei o que me magoou. Até lá vou sorrindo cada vez mais verdadeiramente e lutando, porque só a lutar se conquista! Obrigada desde já pelo comentário e peço desculpa pelo tamanho do meu.
ResponderEliminarÉ uma carga muito grande para lutares sozinha! Não faz mal dizeres que sofres, até porque nessa situação é mais que natural e normal que assim seja. Não estamos a falar de coisas levezinhas, estamos a falar de agressões, é sério e muito complicado!
EliminarMas fico feliz que trabalhes no sentido de aprender a lidar com tudo o que se passou. Esquecer é difícil, mas serve para pores as coisas em perspectiva (como eu gosto muito de dizer).
Felicidades e está à vontade.
Respondo agora com a minha identidade, uma vez que acho que não é vergonha nenhuma assumir o que vivi. Não vivo envergonhada, nem me culpo pelo que aconteceu. Sei bem os motivos que levaram ao que se passou e só tenho pena que a atual companheira sofra do mesmo. Já pensei fazer queixa anónima, mas ela irá negar tudo só porque continua a pensar que o "ama" e as culpas recairão todas sobre mim porque mesmo depois de 3 anos não me consigo ver livre de problemas relacionados com ele. Sei que é uma carga pesada mas às vezes só o simples facto de saber que tive força para dizer "chega" é suficiente para aliviar o peso. Dia após dia vou refazendo a minha vida e pelo menos o medo já é menor. Pensamos sempre que só acontece nas outras casas, mas quando bate na nossa resta-nos lidar da melhor forma que encontramos. Obrigada pelas palavras. É o apoio de quem não nos conhece que ajuda mais, a sério :) Felicidades.
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