terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A solidão e a velhice

Muitas vezes dou por mim a pensar que o que semeamos agora, mais tarde colhemos. Bom ou mau, vamos colhê-lo de certeza.

E que a velhice é o resultado de toda uma vida: quando amamos, tarde ou cedo, seremos recompensados por esse amor.

Se nos fechamos, menosprezando os que estão à nossa volta...bem, lá diz o ditado: "Não se apanham moscas com fel". Não vamos estar à espera que nos reconheçam o que não demos.

Um dia, falei sobre isto com o meu senhor: enquanto estiver senhora de mim, e for autónoma, tudo bem, faço a minha vida. Mas, se porventura, a doença, a velhice me levarem a autonomia, exijo que os meus filhos me coloquem num lar. E por que razão? Porque estou a criá-los para viverem as suas vidas, não para me agradecerem sob a forma de se anularem para cuidarem de mim. E cuidar de alguém dependente - sobretudo no nosso país - é algo extremamente desgastante tanto física como psicologicamente. E eu não quero isso para os meus.

Em primeiro lugar, estarão sempre eles.

4 comentários:

  1. Não serei capaz de colocar os meus pais num lar. Sacrificaram-se toda uma vida para me criarem, não me passa pela cabeça não lhes "pagar" por isso. Como não faço a mínima ideia, claro... Beijoca!

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  2. O meu pai também não está num lar, vive sózinho.
    Mas estou a referir-me ao meu caso. Quando, um dia, for eu.
    Se estiver totalmente dependente, não quero que os meus filhos suportem esse fardo. É algo extremamente difícil de aguentar e as famílias que eles eventualmente criarem, irão ressentir-se disso.

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  3. No meu caso, infelizmente, estou à vontade. ;)

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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